
29 de out. de 2006
"Cada caminho é apenas um entre um milhão de caminhos. Portanto, você deve ter sempre em mente que um caminho não passa de um caminho. Se você achar que não o deve seguir, não precisa segui-lo, de modo algum. (...) Examine cada caminho com atenção e propósito. Experimente-o quantas vezes julgar necessário. Depois faça uma pergunta a você, e só a você. - Esse caminho tem coração? Todos os caminhos são os mesmos. Não levam a lugar algum. Há caminhos que passam pelo mato, ou vão para dentro do mato ou sob o mato. A única pergunta é se esse caminho tem coração."(DJ - CC)
24 de out. de 2006
23 de out. de 2006
Vinícius de Moraes
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
20 de out. de 2006
18 de out. de 2006
Sangue Latino
Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Secos & Molhados (João Ricardo / Paulinho Mendonça)
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Secos & Molhados (João Ricardo / Paulinho Mendonça)
17 de out. de 2006
Cântico negro
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
(José Régio)
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
(José Régio)
16 de out. de 2006
Besteirol com seu fundo de verdade...
Na era do Windows
Confira o que Tom Jobim teria escrito em tempo de windows:
É pau,
É vírus
É o fim do programa
É um erro fatal
O começo do drama
É o turbo Pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim
É dois, é três, é o 486
É comando ilegal
Essa merda bloqueia
É um erro e trava
É um disco mordido
HD estragado
Ai meu Deus tô fodido
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Escondendo um trojan
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário
É o ping, é o pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da puta
O Windows não entra
E nem volta pro DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retray
Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem tinta
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pro céu...
Confira o que Tom Jobim teria escrito em tempo de windows:
É pau,
É vírus
É o fim do programa
É um erro fatal
O começo do drama
É o turbo Pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim
É dois, é três, é o 486
É comando ilegal
Essa merda bloqueia
É um erro e trava
É um disco mordido
HD estragado
Ai meu Deus tô fodido
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Escondendo um trojan
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário
É o ping, é o pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da puta
O Windows não entra
E nem volta pro DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retray
Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem tinta
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pro céu...
15 de out. de 2006
14 de out. de 2006
hehehe.... lembranças da velha vitrola...
Peba Na Pimenta (Seu Malaquias)
Seu Malaquias preparou cinco pebas na pimenta,
Só do povo de Campinas convidou mais de sessenta
Entre todos convidados convidou Maria Benta
Benta foi logo dizendo: Se arder não quero não!
Seu Malaquias disse então: Pode comer sem susto, esse pimentão,
Não arde não!
Benta danou-se a comer a pimenta era da "braba"
E danou-se a arder, ela chorava e se mal-dizia:
Ai se eu soubesse dessa peba não comia!
Depois houve o arrasta-pé o forró 'tava esquentando
O sanfoneiro então me disse tem gente aí dançando
Procurei pra ver quem era...
Mas era a Benta reclamando:
Ai, ai seu Malaquias a pimenta que 'cê deu só ardia!
Tá ardendo eu sei que tá! Tá me dando uma agonia
(João do Vale / José Batista / Adelino Rivera)
Seu Malaquias preparou cinco pebas na pimenta,
Só do povo de Campinas convidou mais de sessenta
Entre todos convidados convidou Maria Benta
Benta foi logo dizendo: Se arder não quero não!
Seu Malaquias disse então: Pode comer sem susto, esse pimentão,
Não arde não!
Benta danou-se a comer a pimenta era da "braba"
E danou-se a arder, ela chorava e se mal-dizia:
Ai se eu soubesse dessa peba não comia!
Depois houve o arrasta-pé o forró 'tava esquentando
O sanfoneiro então me disse tem gente aí dançando
Procurei pra ver quem era...
Mas era a Benta reclamando:
Ai, ai seu Malaquias a pimenta que 'cê deu só ardia!
Tá ardendo eu sei que tá! Tá me dando uma agonia
(João do Vale / José Batista / Adelino Rivera)
12 de out. de 2006
10 de out. de 2006
6 de out. de 2006
" Amor e Sexo"
Amor é um livro - Sexo é esporte
Sexo é escolha - Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela - Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa - Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval
Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois
Sexo antes - Amor depois
Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora
(Rita Lee/Roberto de Carvalho/Arnaldo Jabor)
Sexo é escolha - Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela - Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa - Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval
Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois
Sexo antes - Amor depois
Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora
(Rita Lee/Roberto de Carvalho/Arnaldo Jabor)
5 de out. de 2006
Felicidade
Felicidade foi-se embora
e a saudade no meu peito
inda mora e é por isso que eu gosto
lá de fora, onde sei que a falsidade
não vigora
A minha casa fica lá detrás do mundo
onde eu vou em um segundo
quando começo a cantar
E o pensamento parece uma coisa à toa
Mas como é que a gente voa
quando começo a pensar
(Lupicínio Rodrigues)
e a saudade no meu peito
inda mora e é por isso que eu gosto
lá de fora, onde sei que a falsidade
não vigora
A minha casa fica lá detrás do mundo
onde eu vou em um segundo
quando começo a cantar
E o pensamento parece uma coisa à toa
Mas como é que a gente voa
quando começo a pensar
(Lupicínio Rodrigues)
4 de out. de 2006
3 de out. de 2006
Até o Fim
Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
"inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim
Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
(Chico Buarque)
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
"inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim
Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
(Chico Buarque)
2 de out. de 2006
1 de out. de 2006
Cecília Meireles
“Sou entre flor e nuvem,
estrela e mar. Por que
havemos de ser unicamente
humanos, limitados em chorar?
Não encontro caminhos fáceis
de andar. Meu rosto vário
desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.”
estrela e mar. Por que
havemos de ser unicamente
humanos, limitados em chorar?
Não encontro caminhos fáceis
de andar. Meu rosto vário
desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.”
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