
23 de jan. de 2008
Carcará
Carcará
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando,
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
Quando chega o tempo da invernada
O sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
Pega, mata e come
Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa o umbigo inté matá
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
(João do Vale/José Cândido)
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando,
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
Quando chega o tempo da invernada
O sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
Pega, mata e come
Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa o umbigo inté matá
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
(João do Vale/José Cândido)
19 de jan. de 2008
Lua De São Jorge (Caetano Veloso E A Outra Banda Da Terra)
Lua de São Jorge
Lua deslumbrante
Azul verdejante
Calda de pavão
Lua de São Jorge
Cheia branca inteira
Oh minha bandeira
Solta na amplidão
Lua de São Jorge
Lua brasileira
Lua do meu coração
Lua de São Jorge
Lua maravilha
Mãe, irmã e filha
De todo esplendor
Lua de São Jorge
Brilha nos altares
Brilha nos lugares
Onde estou e vou
Lua de São Jorge
Brilha sobre os mares
Brilha sobre o meu amor
Lua de São Jorge
Lua soberana
Nobre porcelana
Sobre a seda azul
Lua de São Jorge
Lua da alegria
Não se vê o dia
Claro como tu
Lua de São Jorge
Serás minha guia
No Brasil de norte a sul
Lua deslumbrante
Azul verdejante
Calda de pavão
Lua de São Jorge
Cheia branca inteira
Oh minha bandeira
Solta na amplidão
Lua de São Jorge
Lua brasileira
Lua do meu coração
Lua de São Jorge
Lua maravilha
Mãe, irmã e filha
De todo esplendor
Lua de São Jorge
Brilha nos altares
Brilha nos lugares
Onde estou e vou
Lua de São Jorge
Brilha sobre os mares
Brilha sobre o meu amor
Lua de São Jorge
Lua soberana
Nobre porcelana
Sobre a seda azul
Lua de São Jorge
Lua da alegria
Não se vê o dia
Claro como tu
Lua de São Jorge
Serás minha guia
No Brasil de norte a sul
18 de jan. de 2008
10 de jan. de 2008
8 de jan. de 2008
Tom Jobim
Wave
Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossivel ser feliz sozinho
O resto é mar
É tudo que não sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Fundamental é mesmo o amor
É impossivel ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossivel ser feliz sozinho
O resto é mar
É tudo que não sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Fundamental é mesmo o amor
É impossivel ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
7 de jan. de 2008
Mario Quintana
"A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida..."
dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida..."
5 de jan. de 2008
4 de jan. de 2008
C.
Tanto que ouço... tanto que leio...
“Não sou hipócrita, sou o que sou!”
Sim!? E quem é você? Pergunto já sem força.
Existe essa resposta? Quem se é, implica o tempo, o sentimento, o ambiente, o instinto... palavras imensuráveis de significados ainda mais complexos.
Ouço, leio...
“Essa é minha essência!”
Que essência? Pergunto já impaciente.
Essência infantil? Essência animal? Muito abstrato, para mim, essa definição de essência.
E sigo ouvindo e lendo...
“Não sou hipócrita!” (Com uma convicção que até me assusta)
Hipócrita em relação a quê??? A você mesmo? Ao mundo? Ao seu chefe? A sua família que ama ou desdenha? Ao olhar a pobreza em sua volta e continuar a vida como se não tivesse culpa também? Ao olhar a natureza se acabando e continuar pensando em que roupa vestir hoje?
“Não faço parte deste contexto!!!” Revoltam-se. (Essas palavras gritam nos papeis e em meus ouvidos).
Me torno um pouco caustica, e retruco; - De que contexto faz parte então? Não vivemos no mesmo planeta? Não somos humanos? (Acho que não é o meu gato que está lendo...)
Aaaaaaaaa... já não consigo “digerir” esses pensamentos caducos de palavras recheadas de uma pseudo-cultura medíocre, única e massificada. (Valeria mais saber caçar com as mãos, fazer fogo com lascas de pedras e soltar os instintos de uma vez.) Bom, não deu tão certo assim, pois mudou, porém seria mais verossímil.
Ahaa! Esse é o ponto.
Quais os seus instintos mais recônditos? Os mais impermeáveis e aprisionados? Os mais massacrados pelos padrões? Essa pode ser a chave da busca de quem se é. Será? Talvez não (não seria tão simples...), mas de qualquer forma nos dá margem a espreitar o que poderíamos vir a ser.
Somos animais antes de tudo. Eu sou, você o é, e todos aqueles que levantam a bandeira do movimento anti-hipócrita também o são...
É bem verdade que, as conseqüências da liberação do que “realmente” somos (ou melhor, temos vontade), não seriam as melhores ou mais utópicas do mundo. Hum, me imagino em um momento de fúria arrancando a jugular de alguém com os dentes. Ou uma hipótese pré-histórica até interessante, dando cabo de uma fêmea em prol de um instinto sexual exacerbado e desejado por um macho.
É, e de pensar que é de fato assim na natureza....
Sim! Os animais são autênticos e isentos de hipocrisia. Mesmo que subjugados ao corpo e as intempéries naturais.
Quem de nós ousa negar o mundo de fato?
Ok! Sei que sempre há um ermitão por aí, mas mesmo “ele” é cínico consigo. O homem é um animal sociável, e mesmo que não o fosse, em um dado momento os hormônios se agitariam e.... (?)
Quem é esse ermitão? O último de sua espécie? Não? Então, estamos no mesmo barco, na mesma realidade.
Limites, castrações, prisões!
Ninguém nem mesmo tem a liberdade do ir e vir! E se quiser andar pelo mundo?
Ah, tá...., “tire um passaporte e vá!” hahahaha
Como? Não tenho nem mesmo a liberdade de atravessar o meu continente de jejum, bebendo as águas dos rios (poluídos) e a pé!
Necessitaria do maldito passaporte! Do maldito visto! Do maldito dinheiro para o maldito visto! Do maldito trabalho para o maldito dinheiro! Do maldito estudo para o maldito trabalho! Do maldito esquema educacional! Da família etc.
Qual a diferença de nós e uma boiada indo para o abate? Nasci em um berço esplêndido, boa relva, sombra e água fresca, e vem o homem bom que me cuida, me leva para um lugar diferente e pimba! Virei pedaços de bifes vendidos no Bom Preço.
Vivendo um dia após o outro com mil e uma especulações do que somos, do que temos, do que (preencha com o que quiser)...
E ainda assim enxurradas de textos e “papos-cabeça”, sobre se ser ou deixar de ser.
No fundo sabemos o que queremos, acho?!.
Às vezes é inviável alcançar esse desejo, às vezes mesmo estando tudo ao nosso alcance, a cultura e/ou a sociedade oprime essas vontades.
Contudo, o pior não são as privações e sim nós mesmos.
Que medo!
Medo de quê?
De se assumir. Assumir o que temos de pior. Assumir o que temos de melhor. Se expor mais. Se aceitar mais. Se adequar mais. E muitos “mais”!!!
É, é o medo da existência por si só. Existência essa que damos muitos significados enlouquecidos, criando crenças, valores, fatores. É só aceitar que não conhecemos a dimensão da própria existência. Não é a Matrix. Sempre tentamos utilizar “nossas mais incríveis criações e/ou descobertas” como parâmetro para algo que não conseguimos nem mesmo vislumbrar uma definição.
Somos tão simples e tão complexos ao mesmo tempo. Tão pequenos e tão grandes. Tão... tantas coisas...
Escrevam, digam, já que sabem quem são, o que sou? O que somos? Só não afirmem que não existe hipocrisia, e que se pode ser o que se “é” de fato.
“Não sou hipócrita, sou o que sou!”
Sim!? E quem é você? Pergunto já sem força.
Existe essa resposta? Quem se é, implica o tempo, o sentimento, o ambiente, o instinto... palavras imensuráveis de significados ainda mais complexos.
Ouço, leio...
“Essa é minha essência!”
Que essência? Pergunto já impaciente.
Essência infantil? Essência animal? Muito abstrato, para mim, essa definição de essência.
E sigo ouvindo e lendo...
“Não sou hipócrita!” (Com uma convicção que até me assusta)
Hipócrita em relação a quê??? A você mesmo? Ao mundo? Ao seu chefe? A sua família que ama ou desdenha? Ao olhar a pobreza em sua volta e continuar a vida como se não tivesse culpa também? Ao olhar a natureza se acabando e continuar pensando em que roupa vestir hoje?
“Não faço parte deste contexto!!!” Revoltam-se. (Essas palavras gritam nos papeis e em meus ouvidos).
Me torno um pouco caustica, e retruco; - De que contexto faz parte então? Não vivemos no mesmo planeta? Não somos humanos? (Acho que não é o meu gato que está lendo...)
Aaaaaaaaa... já não consigo “digerir” esses pensamentos caducos de palavras recheadas de uma pseudo-cultura medíocre, única e massificada. (Valeria mais saber caçar com as mãos, fazer fogo com lascas de pedras e soltar os instintos de uma vez.) Bom, não deu tão certo assim, pois mudou, porém seria mais verossímil.
Ahaa! Esse é o ponto.
Quais os seus instintos mais recônditos? Os mais impermeáveis e aprisionados? Os mais massacrados pelos padrões? Essa pode ser a chave da busca de quem se é. Será? Talvez não (não seria tão simples...), mas de qualquer forma nos dá margem a espreitar o que poderíamos vir a ser.
Somos animais antes de tudo. Eu sou, você o é, e todos aqueles que levantam a bandeira do movimento anti-hipócrita também o são...
É bem verdade que, as conseqüências da liberação do que “realmente” somos (ou melhor, temos vontade), não seriam as melhores ou mais utópicas do mundo. Hum, me imagino em um momento de fúria arrancando a jugular de alguém com os dentes. Ou uma hipótese pré-histórica até interessante, dando cabo de uma fêmea em prol de um instinto sexual exacerbado e desejado por um macho.
É, e de pensar que é de fato assim na natureza....
Sim! Os animais são autênticos e isentos de hipocrisia. Mesmo que subjugados ao corpo e as intempéries naturais.
Quem de nós ousa negar o mundo de fato?
Ok! Sei que sempre há um ermitão por aí, mas mesmo “ele” é cínico consigo. O homem é um animal sociável, e mesmo que não o fosse, em um dado momento os hormônios se agitariam e.... (?)
Quem é esse ermitão? O último de sua espécie? Não? Então, estamos no mesmo barco, na mesma realidade.
Limites, castrações, prisões!
Ninguém nem mesmo tem a liberdade do ir e vir! E se quiser andar pelo mundo?
Ah, tá...., “tire um passaporte e vá!” hahahaha
Como? Não tenho nem mesmo a liberdade de atravessar o meu continente de jejum, bebendo as águas dos rios (poluídos) e a pé!
Necessitaria do maldito passaporte! Do maldito visto! Do maldito dinheiro para o maldito visto! Do maldito trabalho para o maldito dinheiro! Do maldito estudo para o maldito trabalho! Do maldito esquema educacional! Da família etc.
Qual a diferença de nós e uma boiada indo para o abate? Nasci em um berço esplêndido, boa relva, sombra e água fresca, e vem o homem bom que me cuida, me leva para um lugar diferente e pimba! Virei pedaços de bifes vendidos no Bom Preço.
Vivendo um dia após o outro com mil e uma especulações do que somos, do que temos, do que (preencha com o que quiser)...
E ainda assim enxurradas de textos e “papos-cabeça”, sobre se ser ou deixar de ser.
No fundo sabemos o que queremos, acho?!.
Às vezes é inviável alcançar esse desejo, às vezes mesmo estando tudo ao nosso alcance, a cultura e/ou a sociedade oprime essas vontades.
Contudo, o pior não são as privações e sim nós mesmos.
Que medo!
Medo de quê?
De se assumir. Assumir o que temos de pior. Assumir o que temos de melhor. Se expor mais. Se aceitar mais. Se adequar mais. E muitos “mais”!!!
É, é o medo da existência por si só. Existência essa que damos muitos significados enlouquecidos, criando crenças, valores, fatores. É só aceitar que não conhecemos a dimensão da própria existência. Não é a Matrix. Sempre tentamos utilizar “nossas mais incríveis criações e/ou descobertas” como parâmetro para algo que não conseguimos nem mesmo vislumbrar uma definição.
Somos tão simples e tão complexos ao mesmo tempo. Tão pequenos e tão grandes. Tão... tantas coisas...
Escrevam, digam, já que sabem quem são, o que sou? O que somos? Só não afirmem que não existe hipocrisia, e que se pode ser o que se “é” de fato.
3 de jan. de 2008
Balada do Louco
Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mais louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no ar
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz ...
Sim sou muito louco, não vou me curar
Mas não sou o único que encontrou a paz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mais louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no ar
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz ...
Sim sou muito louco, não vou me curar
Mas não sou o único que encontrou a paz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz
2 de jan. de 2008
Fantasia
E se, de repente
A gente não sentisse
A dor que a gente finge
E sente
Se, de repente
A gente distraísse
O ferro do suplício
Ao som de uma canção
Então, eu te convidaria
Pra uma fantasia
Do meu violão
Canta, canta uma esperança
Canta, canta uma alegria
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia
Canta a canção do homem
Canta a canção da vida
Canta mais
Trabalhando a aterra
Entornando o vinho
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção do gozo
Canta a canção da graça
Canta mais
Preparando a tinta
Enfeitando a praça
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção de glória
Canta a santa melodia
Canta mais
Revirando a noite
Revirando o dia
Noite e dia, noite e dia
(Chico Buarque)
A gente não sentisse
A dor que a gente finge
E sente
Se, de repente
A gente distraísse
O ferro do suplício
Ao som de uma canção
Então, eu te convidaria
Pra uma fantasia
Do meu violão
Canta, canta uma esperança
Canta, canta uma alegria
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia
Canta a canção do homem
Canta a canção da vida
Canta mais
Trabalhando a aterra
Entornando o vinho
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção do gozo
Canta a canção da graça
Canta mais
Preparando a tinta
Enfeitando a praça
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção de glória
Canta a santa melodia
Canta mais
Revirando a noite
Revirando o dia
Noite e dia, noite e dia
(Chico Buarque)
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