24 de abr. de 2008

15 de abr. de 2008

CLARICE LISPECTOR

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata."

13 de abr. de 2008

12 de abr. de 2008

1 de abr. de 2008

Mafalda

PALCO

Subo nesse palco, minha alma cheira a talco
Como bumbum de bebê, de bebê
Minha aura clara, só quem é clarividente pode ver
Pode ver
Trago a minha banda, só quem sabe onde é Luanda
Saberá lhe dar valor, dar valor
Vale quanto pesa prá quem preza o louco bumbum do tambor
Do tambor

Fogo eterno prá afugentar
O inferno prá outro lugar
Fogo eterno prá consumir
O inferno, fora daqui

Venho para a festa, sei que muitos têm na testa

O deus-sol como um sinal, um sinal
Eu como devoto trago um cesto de alegrias de quintal

De quintal

Há também um cântaro, quem manda é Deus a música

Pedindo prá deixar, prá deixar
Derramar o bálsamo, fazer o canto, cantar o cantar