Se algum dia eu conseguir cantar bonito
Muito terá sido por causa de você, Nicinha
A vida tem uma dívida com a música perdida
No silêncio dos seus dedos
E no canto dos meus medos
No entanto você é a alegria da vida
(Caetano Veloso)
31 de dez. de 2006
28 de dez. de 2006
ORGANIZE-SE
VOCÊ ABRIU, FECHE.
ACENDEU, APAGUE.
LIGOU, DESLIGUE.
DESARRUMOU, ARRUME.
SUJOU, LIMPE.
ESTÁ USANDO ALGO, TRATE-O COM CARINHO.
QUEBROU CONSERTE.
NÃO SABE CONSERTAR, CHAME QUEM O FAÇA.
PARA USAR O QUE NÃO LHE PERTENCE, PEÇA LICENÇA.
PEDIU EMPRESTADO, DEVOLVA.
NÃO SABE COMO FUNCIONA, NÃO MEXA.
É DE GRAÇA, NÃO DESPERDICE.
NÃO LHE DIZ RESPEITO, NÃO SE INTROMETA.
NÃO SABE FAZER MELHOR, NÃO CRITIQUE.
NÃO VEIO AJUDAR, NÃO ATRAPALHE.
PROMETEU, CUMPRA.
OFENDEU, DESCULPE-SE.
NÃO LHE PERGUNTARAM, NÃO DÊ PALPITE.
FALOU, ASSUMA.
SEGUINDO ESSES PRECEITOS, TODOS VIVEREMOS MELHOR
ACENDEU, APAGUE.
LIGOU, DESLIGUE.
DESARRUMOU, ARRUME.
SUJOU, LIMPE.
ESTÁ USANDO ALGO, TRATE-O COM CARINHO.
QUEBROU CONSERTE.
NÃO SABE CONSERTAR, CHAME QUEM O FAÇA.
PARA USAR O QUE NÃO LHE PERTENCE, PEÇA LICENÇA.
PEDIU EMPRESTADO, DEVOLVA.
NÃO SABE COMO FUNCIONA, NÃO MEXA.
É DE GRAÇA, NÃO DESPERDICE.
NÃO LHE DIZ RESPEITO, NÃO SE INTROMETA.
NÃO SABE FAZER MELHOR, NÃO CRITIQUE.
NÃO VEIO AJUDAR, NÃO ATRAPALHE.
PROMETEU, CUMPRA.
OFENDEU, DESCULPE-SE.
NÃO LHE PERGUNTARAM, NÃO DÊ PALPITE.
FALOU, ASSUMA.
SEGUINDO ESSES PRECEITOS, TODOS VIVEREMOS MELHOR
25 de dez. de 2006
23 de dez. de 2006
21 de dez. de 2006
16 de dez. de 2006
12 de dez. de 2006
"O homem é parte de um Todo chamado por ele mesmo de Universo: uma pequena parte, limitada no tempo e espaço. Ele se vê como algo separado do resto. Ilusão que o limita a desejos pessoais, condicionando sua afetividade a algumas e poucas pessoas de sua tribo. Libertar-se desta prisão deveria ser o objetivo, aumentando o círculo de compaixão para amar todas as criaturas vivas e a natureza, em toda a sua beleza e magnitude". (A.E.)
11 de dez. de 2006
9 de dez. de 2006
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
(Carlos Drummond de Andrade)
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
(Carlos Drummond de Andrade)
8 de dez. de 2006
6 de dez. de 2006
Quem deixou de fazer o que tinha vontade Perdeu! Ficou na Saudade.
Quem deixou de sorrir, com vergonha de tudo Envelheceu! Ficou mudo.
Quem deixou de viver por falta de coragem Morreu. Viveu de passagem.
Quem deixou escapar o sonho de infância É tarde!
Não dá para buscar. Já se foi seu destino Não é mais uma criança.
Prefira se arrepender de ter feito errado! Jamais por não ter tentado!
Quem deixou de sorrir, com vergonha de tudo Envelheceu! Ficou mudo.
Quem deixou de viver por falta de coragem Morreu. Viveu de passagem.
Quem deixou escapar o sonho de infância É tarde!
Não dá para buscar. Já se foi seu destino Não é mais uma criança.
Prefira se arrepender de ter feito errado! Jamais por não ter tentado!
5 de dez. de 2006
2 de dez. de 2006
1 de dez. de 2006
Cartoon Heroes
We are what we´re supposed to be
Illusions of your fantasy
All dots and lines that speak and say
What we do is what you wish to do
We are the cartoon symphony
We do the things you wanna see
Frame by frame, to the extreme
Our friends are so unreasonable
They do the unpredictable
All dots and lines that speak and say
What we do is what you wish to do
It´s all an orchestra of strings,
Doing unbelievable things
Frame by frame, to the extreme
One by one, we´re making it fun
We are the Cartoon Heroes, Oh oh oh
We are the ones who´re gonna last forever
We came out of our crazy mind, Oh oh oh
And what a town and a feza, baby
Take a Spiderman, an arachnophobian
Welcome to the toon town party
Take a superman from nevernever land
Welcome to the toon town party
We learn to run at speed of light
And to fall down from many heights
It´s true but just remember that
what we do is what you just can to
I know the route of crazyness
A bunch of dots that´s chasin´ us
Frame by frame, to the extreme
One by one, we´re making it fun
We are the Cartoon Heroes, Oh oh oh
We are the ones who´re gonna last forever
We came out of our crazy mind, Oh oh oh
And what a town and a feza, baby
Take a Spiderman, an arachnophobian
Welcome to the toon town party
Take a superman from nevernever land
Welcome to the toon town party
You´ll think we´re so mysterious
Don´t take us all too serious
Be original, and remember that
what we do is what you just can do
What we do is what you just can do
What we do is what you just can do
What we do is what you just can do
What we do is what you just can do
We are the Cartoon Heroes, Oh oh oh
We are the ones who´re gonna last forever
We came out of our crazy mind, Oh oh oh
And what a town and a feza, baby
There´s still more to come,
And everyone will be
Welcomed at the
Toon - Toon
Town - Town
Party
(Aqua)
Illusions of your fantasy
All dots and lines that speak and say
What we do is what you wish to do
We are the cartoon symphony
We do the things you wanna see
Frame by frame, to the extreme
Our friends are so unreasonable
They do the unpredictable
All dots and lines that speak and say
What we do is what you wish to do
It´s all an orchestra of strings,
Doing unbelievable things
Frame by frame, to the extreme
One by one, we´re making it fun
We are the Cartoon Heroes, Oh oh oh
We are the ones who´re gonna last forever
We came out of our crazy mind, Oh oh oh
And what a town and a feza, baby
Take a Spiderman, an arachnophobian
Welcome to the toon town party
Take a superman from nevernever land
Welcome to the toon town party
We learn to run at speed of light
And to fall down from many heights
It´s true but just remember that
what we do is what you just can to
I know the route of crazyness
A bunch of dots that´s chasin´ us
Frame by frame, to the extreme
One by one, we´re making it fun
We are the Cartoon Heroes, Oh oh oh
We are the ones who´re gonna last forever
We came out of our crazy mind, Oh oh oh
And what a town and a feza, baby
Take a Spiderman, an arachnophobian
Welcome to the toon town party
Take a superman from nevernever land
Welcome to the toon town party
You´ll think we´re so mysterious
Don´t take us all too serious
Be original, and remember that
what we do is what you just can do
What we do is what you just can do
What we do is what you just can do
What we do is what you just can do
What we do is what you just can do
We are the Cartoon Heroes, Oh oh oh
We are the ones who´re gonna last forever
We came out of our crazy mind, Oh oh oh
And what a town and a feza, baby
There´s still more to come,
And everyone will be
Welcomed at the
Toon - Toon
Town - Town
Party
(Aqua)
30 de nov. de 2006
Dentro da Minha Cabeça
Dentro da minha cabeça
Tenho um pensamento só
Sei que não tenho juízo
Dentro da minha cabeça
Eu só quero amor
Amor, amor....
Dentro da minha cabeça
Dentro da minha cabeça
Tenho um pensamento só
Sei que não tenho juízo
Dentro da minha cabeça
E quando a onda bate forte
Dentro da minha cabeça
E quando a onda bate forte
Nas pedras do Arpoador
Penso nela em Ipanema
Penso nela em Salvador
Eu só quero o quê ?
Eu só quero amor
Amor, amor....
Dentro da minha cabeça
Santa Clara clariou
São Domingos aluminou
Vai chuva, vem sol
Eu só quero amor
Amor, amor....
Dentro da minha cabeça
Dentro da minha cabeça...
A Cor do Som (Gerônimo / Lula Queiroz)
Tenho um pensamento só
Sei que não tenho juízo
Dentro da minha cabeça
Eu só quero amor
Amor, amor....
Dentro da minha cabeça
Dentro da minha cabeça
Tenho um pensamento só
Sei que não tenho juízo
Dentro da minha cabeça
E quando a onda bate forte
Dentro da minha cabeça
E quando a onda bate forte
Nas pedras do Arpoador
Penso nela em Ipanema
Penso nela em Salvador
Eu só quero o quê ?
Eu só quero amor
Amor, amor....
Dentro da minha cabeça
Santa Clara clariou
São Domingos aluminou
Vai chuva, vem sol
Eu só quero amor
Amor, amor....
Dentro da minha cabeça
Dentro da minha cabeça...
A Cor do Som (Gerônimo / Lula Queiroz)
26 de nov. de 2006
Henri Bérgson
"O sonho coloca-nos precisamente nestas condições, porque o sonho, ao reduzir o jogo das funções orgânicas, modifica especialmente a superfície de comunicação entre o eu e as coisas exteriores. Então não medimos a duração, mas sentimo-la; de quantidade passa ao estado de qualidade; a apreciação matemática do tempo transcorrido deixa de fazer-se, cedendo o lugar a um instinto confuso, capaz, como todos os instintos, de cometer grosseiros desprezos e também às vezes de proceder com uma segurança extraordinária".
17 de nov. de 2006
*Encontram-se Branca de Neve, A Fera (da bela e a fera) e Ali Babá na floresta.
- Sou a mais linda do mundo - fala a Branca de Neve.
- Sou o mais feio do mundo - fala a Fera.
- Sou o maior ladrão do mundo - fala Ali Babá.
Eles entram um por um na caverna para falar com o sábio da floresta, atual possuidor do espelho mágico.
Entra Branca de Neve e sai muito feliz...
- Sou de fato a mais linda do mundo.
Entra a Fera e sai satisfeita...
- Sou o mais feio do mundo, viva!
Sai Ali Babá indignado da vida e pergunta...
- Quem é Antônio Carlos Magalhães?
- Sou a mais linda do mundo - fala a Branca de Neve.
- Sou o mais feio do mundo - fala a Fera.
- Sou o maior ladrão do mundo - fala Ali Babá.
Eles entram um por um na caverna para falar com o sábio da floresta, atual possuidor do espelho mágico.
Entra Branca de Neve e sai muito feliz...
- Sou de fato a mais linda do mundo.
Entra a Fera e sai satisfeita...
- Sou o mais feio do mundo, viva!
Sai Ali Babá indignado da vida e pergunta...
- Quem é Antônio Carlos Magalhães?
16 de nov. de 2006
14 de nov. de 2006
Momento Balzac
" Viver na presença de grandes verdades e leis eternas, e ser conduzido por ideais permanentes, isso é o que mantém uma pessoa paciente quando o mundo a ignora, e calma e simples quando o mundo a glorifica."
13 de nov. de 2006
Aquarela
Aquarela
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)
(Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio)
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)
(Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio)
12 de nov. de 2006
O homem velho
O homem velho deixa a vida e morte para trás
Cabeça a prumo, segue rumo e nunca, nunca mais
O grande espelho que é o mundo ousaria refletir os seus sinais
O homem velho é o rei dos animais
A solidão agora é sólida, uma pedra ao sol
As linhas do destino nas mãos a mão apagou
Ele já tem a alma saturada de poesia, soul e rock’n’roll
As coisas migram e ele serve de farol
A carne, a arte arde, a tarde cai
No abismo das esquinas
A brisa leve traz o olor fulgaz
Do sexo das meninas
Luz fria, seus cabelos têm tristeza de néon
Belezas, dores e alegrias passam sem um som
Eu vejo o homem velho rindo numa curva do caminho de Hebron
E ao seu olhar tudo que é cor muda de tom
Os filhos, filmes, ditos, livros como um vendaval
Espalham-no além da ilusão do seu ser pessoal
Mas ele dói e brilha único, indivíduo, maravilha sem igual
Já tem coragem de saber que é imortal
(Caetano Veloso)
Cabeça a prumo, segue rumo e nunca, nunca mais
O grande espelho que é o mundo ousaria refletir os seus sinais
O homem velho é o rei dos animais
A solidão agora é sólida, uma pedra ao sol
As linhas do destino nas mãos a mão apagou
Ele já tem a alma saturada de poesia, soul e rock’n’roll
As coisas migram e ele serve de farol
A carne, a arte arde, a tarde cai
No abismo das esquinas
A brisa leve traz o olor fulgaz
Do sexo das meninas
Luz fria, seus cabelos têm tristeza de néon
Belezas, dores e alegrias passam sem um som
Eu vejo o homem velho rindo numa curva do caminho de Hebron
E ao seu olhar tudo que é cor muda de tom
Os filhos, filmes, ditos, livros como um vendaval
Espalham-no além da ilusão do seu ser pessoal
Mas ele dói e brilha único, indivíduo, maravilha sem igual
Já tem coragem de saber que é imortal
(Caetano Veloso)
10 de nov. de 2006
Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo.
Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?
(Luis Fernando Veríssimo)
Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?
(Luis Fernando Veríssimo)
9 de nov. de 2006
7 de nov. de 2006
Definitivo
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
(Carlos Drummond de Andrade)
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
(Carlos Drummond de Andrade)
4 de nov. de 2006
3 de nov. de 2006
Charles Chaplin
"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando... E termina tudo com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?"
1 de nov. de 2006
29 de out. de 2006
"Cada caminho é apenas um entre um milhão de caminhos. Portanto, você deve ter sempre em mente que um caminho não passa de um caminho. Se você achar que não o deve seguir, não precisa segui-lo, de modo algum. (...) Examine cada caminho com atenção e propósito. Experimente-o quantas vezes julgar necessário. Depois faça uma pergunta a você, e só a você. - Esse caminho tem coração? Todos os caminhos são os mesmos. Não levam a lugar algum. Há caminhos que passam pelo mato, ou vão para dentro do mato ou sob o mato. A única pergunta é se esse caminho tem coração."(DJ - CC)
24 de out. de 2006
23 de out. de 2006
Vinícius de Moraes
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
20 de out. de 2006
18 de out. de 2006
Sangue Latino
Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Secos & Molhados (João Ricardo / Paulinho Mendonça)
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Secos & Molhados (João Ricardo / Paulinho Mendonça)
17 de out. de 2006
Cântico negro
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
(José Régio)
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
(José Régio)
16 de out. de 2006
Besteirol com seu fundo de verdade...
Na era do Windows
Confira o que Tom Jobim teria escrito em tempo de windows:
É pau,
É vírus
É o fim do programa
É um erro fatal
O começo do drama
É o turbo Pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim
É dois, é três, é o 486
É comando ilegal
Essa merda bloqueia
É um erro e trava
É um disco mordido
HD estragado
Ai meu Deus tô fodido
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Escondendo um trojan
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário
É o ping, é o pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da puta
O Windows não entra
E nem volta pro DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retray
Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem tinta
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pro céu...
Confira o que Tom Jobim teria escrito em tempo de windows:
É pau,
É vírus
É o fim do programa
É um erro fatal
O começo do drama
É o turbo Pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim
É dois, é três, é o 486
É comando ilegal
Essa merda bloqueia
É um erro e trava
É um disco mordido
HD estragado
Ai meu Deus tô fodido
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Escondendo um trojan
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário
É o ping, é o pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da puta
O Windows não entra
E nem volta pro DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retray
Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem tinta
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pro céu...
15 de out. de 2006
14 de out. de 2006
hehehe.... lembranças da velha vitrola...
Peba Na Pimenta (Seu Malaquias)
Seu Malaquias preparou cinco pebas na pimenta,
Só do povo de Campinas convidou mais de sessenta
Entre todos convidados convidou Maria Benta
Benta foi logo dizendo: Se arder não quero não!
Seu Malaquias disse então: Pode comer sem susto, esse pimentão,
Não arde não!
Benta danou-se a comer a pimenta era da "braba"
E danou-se a arder, ela chorava e se mal-dizia:
Ai se eu soubesse dessa peba não comia!
Depois houve o arrasta-pé o forró 'tava esquentando
O sanfoneiro então me disse tem gente aí dançando
Procurei pra ver quem era...
Mas era a Benta reclamando:
Ai, ai seu Malaquias a pimenta que 'cê deu só ardia!
Tá ardendo eu sei que tá! Tá me dando uma agonia
(João do Vale / José Batista / Adelino Rivera)
Seu Malaquias preparou cinco pebas na pimenta,
Só do povo de Campinas convidou mais de sessenta
Entre todos convidados convidou Maria Benta
Benta foi logo dizendo: Se arder não quero não!
Seu Malaquias disse então: Pode comer sem susto, esse pimentão,
Não arde não!
Benta danou-se a comer a pimenta era da "braba"
E danou-se a arder, ela chorava e se mal-dizia:
Ai se eu soubesse dessa peba não comia!
Depois houve o arrasta-pé o forró 'tava esquentando
O sanfoneiro então me disse tem gente aí dançando
Procurei pra ver quem era...
Mas era a Benta reclamando:
Ai, ai seu Malaquias a pimenta que 'cê deu só ardia!
Tá ardendo eu sei que tá! Tá me dando uma agonia
(João do Vale / José Batista / Adelino Rivera)
12 de out. de 2006
10 de out. de 2006
6 de out. de 2006
" Amor e Sexo"
Amor é um livro - Sexo é esporte
Sexo é escolha - Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela - Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa - Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval
Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois
Sexo antes - Amor depois
Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora
(Rita Lee/Roberto de Carvalho/Arnaldo Jabor)
Sexo é escolha - Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela - Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa - Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval
Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois
Sexo antes - Amor depois
Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora
(Rita Lee/Roberto de Carvalho/Arnaldo Jabor)
5 de out. de 2006
Felicidade
Felicidade foi-se embora
e a saudade no meu peito
inda mora e é por isso que eu gosto
lá de fora, onde sei que a falsidade
não vigora
A minha casa fica lá detrás do mundo
onde eu vou em um segundo
quando começo a cantar
E o pensamento parece uma coisa à toa
Mas como é que a gente voa
quando começo a pensar
(Lupicínio Rodrigues)
e a saudade no meu peito
inda mora e é por isso que eu gosto
lá de fora, onde sei que a falsidade
não vigora
A minha casa fica lá detrás do mundo
onde eu vou em um segundo
quando começo a cantar
E o pensamento parece uma coisa à toa
Mas como é que a gente voa
quando começo a pensar
(Lupicínio Rodrigues)
4 de out. de 2006
3 de out. de 2006
Até o Fim
Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
"inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim
Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
(Chico Buarque)
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
"inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim
Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
(Chico Buarque)
2 de out. de 2006
1 de out. de 2006
Cecília Meireles
“Sou entre flor e nuvem,
estrela e mar. Por que
havemos de ser unicamente
humanos, limitados em chorar?
Não encontro caminhos fáceis
de andar. Meu rosto vário
desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.”
estrela e mar. Por que
havemos de ser unicamente
humanos, limitados em chorar?
Não encontro caminhos fáceis
de andar. Meu rosto vário
desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.”
30 de set. de 2006
29 de set. de 2006
Carlos Drummond de Andrade
Definitivo
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
27 de set. de 2006
Pertencer
"Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
26 de set. de 2006
Carimbador Maluco
5... 4... 3... 2...
- Parem! Esperem aí.
Onde é que vocês pensam que vão?
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!!
Tem que ser selado, registrado, carimbado
Avaliado, rotulado se quiser voar!
Se quiser voar....
Pra Lua: a taxa é alta,
Pro Sol: identidade
Mas já pro seu foguete viajar pelo universo
É preciso meu carimbo dando o sim,
Sim, sim, sim.
O seu Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Tem que ser selado, registrado, carimbado
Avaliado, rotulado se quiser voar!
Se quiser voar....
Pra Lua: a taxa é alta,
Pro Sol: identidade
Mas já pro seu foguete viajar pelo universo
É preciso meu carimbo dando o sim,
Sim, sim, sim.
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Mas ora, vejam só, já estou gostando de vocês
Aventura como essa eu nunca experimentei!
O que eu queria mesmo era ir com vocês
Mas já que eu não posso:
Boa viagem, até outra vez.
Agora...
O Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
(Boa viagem, meninos.
Boa viagem).
(Raul Seixas)
- Parem! Esperem aí.
Onde é que vocês pensam que vão?
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!!
Tem que ser selado, registrado, carimbado
Avaliado, rotulado se quiser voar!
Se quiser voar....
Pra Lua: a taxa é alta,
Pro Sol: identidade
Mas já pro seu foguete viajar pelo universo
É preciso meu carimbo dando o sim,
Sim, sim, sim.
O seu Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Tem que ser selado, registrado, carimbado
Avaliado, rotulado se quiser voar!
Se quiser voar....
Pra Lua: a taxa é alta,
Pro Sol: identidade
Mas já pro seu foguete viajar pelo universo
É preciso meu carimbo dando o sim,
Sim, sim, sim.
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Plunct Plact Zum
Não vai a lugar nenhum!
Mas ora, vejam só, já estou gostando de vocês
Aventura como essa eu nunca experimentei!
O que eu queria mesmo era ir com vocês
Mas já que eu não posso:
Boa viagem, até outra vez.
Agora...
O Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
Plunct Plact Zum
Pode partir sem problema algum
(Boa viagem, meninos.
Boa viagem).
(Raul Seixas)
25 de set. de 2006
Luar do Sertão
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Oh, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Esse luar lá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção e a lua cheia a nos nascer do coração
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste
No sertão se faz luar
Parece até que a alma da lua é que descanta
Escondida na garganta desse galo a soluçar
Ah, quem me dera que eu morresse lá na serra
Abraçada à minha terra
E dormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota pequenina
Onde à tarde a surunina
Chora a sua viuvez
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão.
(João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense)
Luar como esse do sertão
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Oh, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Esse luar lá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção e a lua cheia a nos nascer do coração
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste
No sertão se faz luar
Parece até que a alma da lua é que descanta
Escondida na garganta desse galo a soluçar
Ah, quem me dera que eu morresse lá na serra
Abraçada à minha terra
E dormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota pequenina
Onde à tarde a surunina
Chora a sua viuvez
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão
Não há, oh gente, oh não
Luar como esse do sertão.
(João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense)
24 de set. de 2006
Drummond de Andrade
A UM AUSENTE
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te fosteCarlos
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te fosteCarlos
23 de set. de 2006
22 de set. de 2006
Oscar Wilde
Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.
21 de set. de 2006
Clarice Lispector
Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta
20 de set. de 2006
Ninguém merece!
A Loira Seqüestradora
A loira não conseguia passar no teste para emprego nenhum. Resolveu tomar uma atitude extrema para ganhar dinheiro:
- Vou seqüestrar uma criança! - (pensou!...) Com o dinheiro do resgate eu resolvo a minha vida... Ela encaminhou-se para um playground, num bairro de luxo, viu um menino muito bem vestido, puxou-o para trás da moita e foi logo escrevendo um bilhete "Querida mãe isto é um seqüestro. Estou com SEU filho". Favor deixar o resgate de R$10.000,00, amanhã, ao meio-dia, atrás da árvore do parquinho.
Ass: Loira seqüestradora!
Então ela pegou o bilhete, dobrou- o e colocou no bolso da jaqueta do menino, dizendo:
- Agora vai lá, corre e entregue esse bilhete para a sua mãe.
No dia seguinte, a loira vai até o local combinado. Encontra uma bolsa! Ela abre, encontra R$10.000,00 em dinheiro limpinho e um bilhete junto,dizendo:
- Está aí o resgate que VOCÊ me pediu. Só não me CONFORMO como uma loira pode fazer isso com outra...!!!!!!!"
A loira não conseguia passar no teste para emprego nenhum. Resolveu tomar uma atitude extrema para ganhar dinheiro:
- Vou seqüestrar uma criança! - (pensou!...) Com o dinheiro do resgate eu resolvo a minha vida... Ela encaminhou-se para um playground, num bairro de luxo, viu um menino muito bem vestido, puxou-o para trás da moita e foi logo escrevendo um bilhete "Querida mãe isto é um seqüestro. Estou com SEU filho". Favor deixar o resgate de R$10.000,00, amanhã, ao meio-dia, atrás da árvore do parquinho.
Ass: Loira seqüestradora!
Então ela pegou o bilhete, dobrou- o e colocou no bolso da jaqueta do menino, dizendo:
- Agora vai lá, corre e entregue esse bilhete para a sua mãe.
No dia seguinte, a loira vai até o local combinado. Encontra uma bolsa! Ela abre, encontra R$10.000,00 em dinheiro limpinho e um bilhete junto,dizendo:
- Está aí o resgate que VOCÊ me pediu. Só não me CONFORMO como uma loira pode fazer isso com outra...!!!!!!!"
19 de set. de 2006
18 de set. de 2006
...uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteiro, com a alma também...
17 de set. de 2006
Desculpem amigos jornalistas!! Mas não resisti!
O absurdo dos jornais...
FRASES PUBLICADAS EM ALGUNS JORNAIS, NOS ÚLTIMOS MESES, NO RIO DE JANEIRO
1. "A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano."
(Na cova?) - Jornal do Brasil
2. "Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente."
(O frio não estava filiado ao sindicato grevista.) - O GLOBO
3. "Os sete artistas compõem um trio de talento."
(Hã?) - EXTRA
4. "A vítima foi estrangulada a golpes de facão"
(uma nova modalidade de estrangulamento) - O DIA
5. "Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável"
(De modo algum!) - O GLOBO
6. "No corredor do hospital psiquiátrico os doentes corriam como loucos"
(naturalmente....) - O DIA
7. "Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva"
(Jura?) - JORNAL DO BRASIL
8. "Parece que ela foi morta pelo seu assassino"
(Não diga!) - EXTRA
9. "Ferido no joelho, ele perdeu a cabeça"
(Espera, onde foi o machucado mesmo?) - O DIA
10. "O acidente foi no triste e célebre Retângulo das Bermudas"
(Gente, mas até ontem era um triângulo!) - EXTRA
11. "O tribunal, após breve deliberação, foi condenado a um mês de prisão"
(E será que ele tem cela especial?) - O DIA.
12. "O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se suicidou"
(Seria a volta dos mortos- vivos?) - O DIA
13. "A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço"
(Que aberração!) - EXTRA
14. "Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes"
(Água no além para purificar as almas...) - JORNAL DO BRASIL
15. "Há muitos redatores que, para quem veio do nada, são muito fiéis às suas origens."
(Do pó ao pó...) - O GLOBO
16. "O aumento do desemprego foi de 0% em novembro"
(Onde vamos parar desse jeito?)
7. "O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos"
(Quanta confusão!)
18. "Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um incêndio"
(Ah, bom achei que fosse uma churrascada!)
19. "Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel"
(Viu como ele é disciplinado?)
20. "O cadáver foi encontrado morto dentro do carro"
(Sem Comentários)
21. "Prefeito de interior vai dormir bem, e acorda morto."
(acorda?)
FRASES PUBLICADAS EM ALGUNS JORNAIS, NOS ÚLTIMOS MESES, NO RIO DE JANEIRO
1. "A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano."
(Na cova?) - Jornal do Brasil
2. "Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente."
(O frio não estava filiado ao sindicato grevista.) - O GLOBO
3. "Os sete artistas compõem um trio de talento."
(Hã?) - EXTRA
4. "A vítima foi estrangulada a golpes de facão"
(uma nova modalidade de estrangulamento) - O DIA
5. "Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável"
(De modo algum!) - O GLOBO
6. "No corredor do hospital psiquiátrico os doentes corriam como loucos"
(naturalmente....) - O DIA
7. "Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva"
(Jura?) - JORNAL DO BRASIL
8. "Parece que ela foi morta pelo seu assassino"
(Não diga!) - EXTRA
9. "Ferido no joelho, ele perdeu a cabeça"
(Espera, onde foi o machucado mesmo?) - O DIA
10. "O acidente foi no triste e célebre Retângulo das Bermudas"
(Gente, mas até ontem era um triângulo!) - EXTRA
11. "O tribunal, após breve deliberação, foi condenado a um mês de prisão"
(E será que ele tem cela especial?) - O DIA.
12. "O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se suicidou"
(Seria a volta dos mortos- vivos?) - O DIA
13. "A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço"
(Que aberração!) - EXTRA
14. "Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes"
(Água no além para purificar as almas...) - JORNAL DO BRASIL
15. "Há muitos redatores que, para quem veio do nada, são muito fiéis às suas origens."
(Do pó ao pó...) - O GLOBO
16. "O aumento do desemprego foi de 0% em novembro"
(Onde vamos parar desse jeito?)
7. "O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos"
(Quanta confusão!)
18. "Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um incêndio"
(Ah, bom achei que fosse uma churrascada!)
19. "Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel"
(Viu como ele é disciplinado?)
20. "O cadáver foi encontrado morto dentro do carro"
(Sem Comentários)
21. "Prefeito de interior vai dormir bem, e acorda morto."
(acorda?)
16 de set. de 2006
15 de set. de 2006
Clarice Lispector
"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
14 de set. de 2006
LUA ADVERSA
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles
13 de set. de 2006
Força Estranha
Eu ví o menino correndo, eu ví o tempo
Brincando ao redor do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada
E eu nunca passei.
Eu ví a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.
Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto
Não posso parar
Por isso essa voz tamanha.
Eu ví muitos cabelos brancos na fronte do artista
O tempo não pára e no entanto ela nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo
Do fogo, das coisas que são
É o sol, é o tempo, é a estrada, é o pé, é o chão.
Eu ví muitos homens gritando, ouví seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta
E a coisa mais certa de todas as coisas
Não vale um caminho sob o sol
E o sol sob a estrada, é o sol sob a estrada, é o sol.
Roberto Carlos (1978)
Brincando ao redor do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada
E eu nunca passei.
Eu ví a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.
Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto
Não posso parar
Por isso essa voz tamanha.
Eu ví muitos cabelos brancos na fronte do artista
O tempo não pára e no entanto ela nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo
Do fogo, das coisas que são
É o sol, é o tempo, é a estrada, é o pé, é o chão.
Eu ví muitos homens gritando, ouví seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta
E a coisa mais certa de todas as coisas
Não vale um caminho sob o sol
E o sol sob a estrada, é o sol sob a estrada, é o sol.
Roberto Carlos (1978)
12 de set. de 2006
O Eterno Espanto
Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?
Mário Quintana
Mário Quintana
11 de set. de 2006
Pablo Neruda
Tu sabes como é:
se olho a lua de cristal, os galhos vermelhos do outono em minha janela,
se toco junto ao fogo as impalpáveis cinzas
no corpo retorcido da lenha,
tudo me leva a ti,
como se tudo o que existe:
aromas, luz, metais,
fossem pequenos barcos que navegam em direção às ilhas tuas que esperam por mim.
Agora, bem,
se pouco a pouco tu deixares de me querer
pararei de te querer
pouco a pouco.
Se de repente me esqueceres
não me procure,
pois já terei te esquecido.
Se consideras violento e louco o vento das bandeiras que passa por minha vida
e decidires me deixar às margens do coração no qual tenho raízes,
lembra-te
que nesta dia,
a esta hora
levantarei os braços e minhas raízes partirão em busca de outra terra.
Mas
se em cada dia,
cada hora,
sentires que a mim estás destinado com implacável doçura,
se em cada dia levantares uma flor em teus lábios para me buscares,
oh meu amor, oh minha vida,
em mim todo esse fogo se reacenderá,
em mim nada se apaga ou se esquece,
meu amor se nutre do seu, amado,
e enquanto viveres
estará em teus braços
sem deixar os meus.
se olho a lua de cristal, os galhos vermelhos do outono em minha janela,
se toco junto ao fogo as impalpáveis cinzas
no corpo retorcido da lenha,
tudo me leva a ti,
como se tudo o que existe:
aromas, luz, metais,
fossem pequenos barcos que navegam em direção às ilhas tuas que esperam por mim.
Agora, bem,
se pouco a pouco tu deixares de me querer
pararei de te querer
pouco a pouco.
Se de repente me esqueceres
não me procure,
pois já terei te esquecido.
Se consideras violento e louco o vento das bandeiras que passa por minha vida
e decidires me deixar às margens do coração no qual tenho raízes,
lembra-te
que nesta dia,
a esta hora
levantarei os braços e minhas raízes partirão em busca de outra terra.
Mas
se em cada dia,
cada hora,
sentires que a mim estás destinado com implacável doçura,
se em cada dia levantares uma flor em teus lábios para me buscares,
oh meu amor, oh minha vida,
em mim todo esse fogo se reacenderá,
em mim nada se apaga ou se esquece,
meu amor se nutre do seu, amado,
e enquanto viveres
estará em teus braços
sem deixar os meus.
10 de set. de 2006
Fernando Pessoa
Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
9 de set. de 2006
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