15 de set. de 2007

C.

A cada momento, explosões de pensamentos de sentimentos.
Reconstruindo o que fui, o que sou.
Analisando meus erros. Remendando meu passado.
Revendo minhas histórias, revivendo minhas mágoas.
A dor do arrependimento despedaça em fragmentos o que resta de mim.
Me refaço, mudo de opinião, volto atrás, peço desculpas.
E disso surge outra pessoa, uma pessoa que cresce e floresce cada vez mais forte, mais sábia.
É nas lembranças do que fui que começo a ser o que sou.
É nos erros e nos acertos de minha história que me construo.
Tanto que penso, tanto que sinto. E mudo, e mudo...
Não, não vivo do meu passado.
Mas volto a ele sempre que penso em como estou diferente.
É no passado, que encontro as alegrias que ainda me fazem sorrir.
As lágrimas que ainda não secaram.
Entre erros e acertos, me refaço no que sou.
Em alguns momentos, o passado retorna em forma de pessoas ou situações.
Me dou conta de que sou o reflexo dele, do passado que é meu.
Penso se poderia fazer diferente. Não.
E não pretendo muda-lo.
Simplesmente revejo todos os meus passos e assim aprendo.
Sei que isso não muda o que sou hoje, mas me ajuda a ser diferente num futuro, próximo ou, quem sabe distante.
E outras explosões, alguns medos e inseguranças de pensar que posso ser quem fui e errar o que errei.
É aí que paro e lembro de que não sou mais quem fui. Sou outra sendo eu mesma.
Sinto diferente, penso diferente, vivo outra vida que não pertence àquele passado.
E então me descubro, embebida de arrependimentos e glórias em meu presente...

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