11 de fev. de 2008

C.

Sinto uma brisa mansa, quase uma calmaria...
Quero sentir um sopro incontrolável de vento forte.
O vento da vida.
Não é falta de coragem. Não, não é...
Minha coragem vem das superações dos medos que sinto em tudo que sou e que faço a cada momento.
É o medo que me faz forte, e é a ele que me entrego.
Não busco certezas! Busco as dúvidas!
Quero para mim os riscos, os sons das lágrimas profundas e das gargalhadas oriundas de uma felicidade plena.
Que importa o sofrimento diante da alegria de me permitir a tudo?
E se o sofrer vier me visitar, deixo-o entrar e conto-lhe as lembranças boas que vivi até sua chagada!
Não quero a segurança hipócrita desta sociedade apática.
Me lanço à vida de cabeça. E de que outra forma seria?
Às vezes, sim muitas vezes, quebro a cara.
Mas há uma beleza maior do que me refazer?
Não busco a fragilidade nas emoções.
As emoções não são frágeis. São avassaladoras.
E assim, sigo buscando o que quero.
Sou o que quero de uma forma ou de outra.
Me aceito, me permito, me arrisco, me invento, me reinvento!
Se não enfrentasse meus medos, me tornaria outra dentro de mim, me contentaria com brisas.
O que importa é que sigo buscando meus caminhos. Mesmo que mude, volte ou neles caia. Serão os caminhos que escolhi.
Não tenho medo dos meus medos.
Só sinto uma inquietante ansiedade quando tudo está parado.
Tranqüilo demais. Estável demais.
A dor é inevitável quando não sei o que virá, sim, mas o prazer também é inevitável quando a aceitação de quem sou é plena.
Quero novas aventuras, novos riscos, novos amores impossíveis, novas montanhas intransponíveis...
Quero tudo aquilo que é livre e inviável, aquilo que afasta os falsos, que amedronta os fracos, aquilo que é chamado de Vida!

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