31 de dez. de 2008

26 de dez. de 2008

Gabriel García Márquez

"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver."

20 de dez. de 2008

desenho de Gere


(passado por mim no Photoshop)

19 de dez. de 2008

Quem pergunta o que quer, ouve o que não quer!



Perguntaram a Buda:

"O que mais te surpreende na humanidade?"

E ele respondeu:

"Os homens.
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma, que acabam por não viver o presente e o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido."

15 de dez. de 2008

Einstein


"Há duas maneiras de viver a vida: Uma, é como se nada fosse milagre. A outra, com se tudo fosse milagre."

12 de dez. de 2008

Desenho de Zene

Álvaro de Campos (Pessoa)

Reticências

Arrumar a vida, pôr prateleiras na vontade e na ação.
Quero fazer isto agora, como sempre quis, com o mesmo resultado;
Mas que bom ter o propósito claro, firme só na clareza, de fazer qualquer coisa!
Vou fazer as malas para o Definitivo,
Organizar Álvaro de Campos,
E amanhã ficar na mesma coisa que antes de ontem — um antes de ontem que é sempre...
Sorrio do conhecimento antecipado da coisa-nenhuma que serei.
Sorrio ao menos; sempre é alguma coisa o sorrir...
Produtos românticos, nós todos...
E se não fôssemos produtos românticos, se calhar não seríamos nada.
Assim se faz a literatura...
Santos Deuses, assim até se faz a vida!

Os outros também são românticos,
Os outros também não realizam nada, e são ricos e pobres,
Os outros também levam a vida a olhar para as malas a arrumar,
Os outros também dormem ao lado dos papéis meio compostos,
Os outros também são eu.
Vendedeira da rua cantando o teu pregão como um hino inconsciente,
Rodinha dentada na relojoaria da economia política,
Mãe, presente ou futura, de mortos no descascar dos Impérios,
A tua voz chega-me como uma chamada a parte nenhuma, como o silêncio da vida...
Olho dos papéis que estou pensando em arrumar para a janela,
Por onde não vi a vendedeira que ouvi por ela,
E o meu sorriso, que ainda não acabara, inclui uma crítica metafisica.
Descri de todos os deuses diante de uma secretária por arrumar,
Fitei de frente todos os destinos pela distração de ouvir apregoando,
E o meu cansaço é um barco velho que apodrece na praia deserta,
E com esta imagem de qualquer outro poeta fecho a secretária e o poema...
Como um deus, não arrumei nem uma coisa nem outra...

9 de dez. de 2008

O Meu Amor

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

(Chico Buarque)

4 de dez. de 2008

"A verdade é a melhor camuflagem. Ninguém acredita nela." (Max Frisch)

2 de dez. de 2008

“A mulher é um efeito deslumbrante da natureza.” (Schopenhauer)

Rango!

Construção

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague
(Chico Buarque)

1 de dez. de 2008

TUMULTO

”Tempestade... O desgrenhamento
das ramagens... O choro vão
da água triste, do longo vento,
vem morrer-me no coração.

A água triste cai como um sonho,
sonho velho que se esqueceu...
( Quando virás, ó meu tristonho
Poeta, ó doce troveiro meu!...)

E minha alma, sem luz nem tenda,
passa errante, na noite má,`
à procura de quem me entenda
e de quem me consolará...

Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.”
(Cecília Meireles)

Hagar, o horrível!

Você Venceu

Momentos antes de você ser gerado, nove meses antes de nascer, portanto, você tinha a companhia de três bilhões de espermatozóides ao seu lado. Não existe nenhuma regressão que faça com que você se lembre deste primeiríssimo momento da sua existência.
Imagine a cena. Três bilhões de criaturinhas correndo desesperadamente atrás de um único óvulo. E, se você tem uma certeza na vida, é esta: só você chegou lá. Ou seja, você é um vencedor (a). Não sei como foi que eu e você conseguimos esta proeza. Talvez tenhamos atropelado alguns concorrentes, dado cotoveladas em outros. O fato é que estamos aqui. Eu escrevendo e você lendo.
Num corridinha mixa de 100 metros numa olimpíada o sujeito ganha louros, medalhas e dinheiro. E concorre com quantos? Dez, doze pessoas. Mas eu e você corremos contra 2.999.999 (o número pode não ser muito exato, mas é por aí). E chegamos. E o mais trágico: todos eles morreram. Todos. Enfim, nascemos matando metade da população atual do planeta.
Chego a algumas conclusões. A primeira, inapelável, é que nascemos com culpa, meio sem graça, chorando. E já levamos um tapa na bunda para deixarmos de ser metidos e assassinos. Sim, todo mundo ao seu redor, te olhando no berçário, e pensando: e os outros? E os outros?
Por outro lado, deveríamos todo dia abrir a janela, olhar o dia e sorrir, pensando: eu consegui! Eu sou demais! E deveríamos estar feliz com a nossa condição de vencedores. A primeira batalha, a primeira maratona, contra bilhões, a gente venceu, Não bastaria isto para sermos eternamente felizes? Agradecer diariamente a nossa ovular vitória?
Vi no Fantástico de domingo que o terrorista Bin Laden já matou – com seus atentados – perto de cinco mil pessoas. Já o Bush com suas duas guerras, matou perto de 10.000. Quem é mais terrorista?
Talvez se o Bin Laden, quando o pai dele estava fazendo amor com a sua mãe (sim ele deve ter tido uma amada mãe), talvez se ele ficasse em segundo lugar, teríamos mais 4.000 pessoas vivas. E o Bush (com uma honrosa medalha de prata), teria deixado mais de 10 mil pessoas vivendo. Números pequenos, diante dos que eles deixaram para trás ao serem gerados e gelados.
Fiquei pensando nos espermatozóides que deixei para trás num dia qualquer de maio de 1945 (será que foi no dia D?). O que seria de cada um deles, se tivessem passado na minha frente? A única certeza é que teriam nascido no mesmo dia que eu. Poderia até ser uma mulher. Existe espermatozóida?
E, ainda abalado com os atentados na Espanha, penso nos espermatozóides. Já vencemos a nossa principal batalha, já deixamos para trás bilhões de futuros cidadãos. Por que queremos matar mais e mais e mais? Será que não basta ao homem ter vencido a sua principal corrida, a guerra do nascimento? Não deveríamos todos viver apenas para comemorar que conseguimos nascer, sãos e salvos, sem usar nenhum míssil, nenhuma granada? Ganhamos uma guerra jogando limpo. Apenas, sei lá como, fomos mais espertos e rápidos que os nossos outros companheiros de jornada, coitados (literalmente).
A que óvulo estas pessoas que matam inocentes querem atingir? Uma ogiva? Por que eles não matam a própria mãe que os gerou e deixam o resto do mundo em paz?

É, tem uns espermatozóides por aí que poderiam muito bem não ter chegado lá. Alguma coisa eles aprontaram lá dentro para chegarem na frente. Alguém foi subornado lá dentro. Pena que naquele tempo não tinha câmera para filmar as ações intra-uterinas e nem telefone grampeado.


(Mario Prata)













"Conhecemos um homem pelo seu riso. Se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente." (Dostoievski)

25 de nov. de 2008

21 de nov. de 2008

Nietzsche


“Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.”

13 de nov. de 2008

Estrada do Sol

É de manhã
Vem o sol
Mas os pingos da chuva
Que ontem caíram
Ainda estão a brilhar
Ainda estão da dançar
Ao vento alegre
Que me traz esta canção

Quero que você
Me dê a mão
Vamos sair por aí
Sem pensar
No que foi que sonhei
Que chorei, que sofri
Pois a nova manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão
Vamos sair pra ver o sol

Dolores Duran / Tom Jobim

12 de nov. de 2008

Vivendo no paraíso!!! 78?! ...um jovem antigo...



Meu pai!

Se Shackespeare estiver certo, quando diz que “(...)há mais dos seus pais em você do que você supunha(...)”, certamente serei uma pessoa incrível!

Símbolo, para mim, de vontade de viver.

Personificação da criatividade, da simplicidade, da retidão, da persistência...

São tantas coisas que aprendi, e aprendo...

Vivendo no Paraíso, aos 78 anos, ensinando, aprendendo, ajudando a todos, em tudo.

Não existe palavras que possam exprimir. Não é mensurável o que você é para mim.

Meu pai!!! Te amo!

11 de nov. de 2008

Dostoievski

"Compara-se muitas vezes a crueldade do homem à das feras, mas isso é injuriar estas últimas."

4 de nov. de 2008

3 de nov. de 2008

Cecília Meireles

Nem tudo é fácil

”É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!”
(Cecília Meireles)

2 de nov. de 2008

Rango!

Chega De Mágoa

Nós não vamos nos dispersar
Juntos, é tão bom saber
Que passado o tormento
Será nosso esse chão...

Água, dona da vida
Ouve essa prece tão comovida
Chega, brinca na fonte
Desce do monte, vem como amiga

Te quero água de beber
Um copo d'água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero orvalho toda manhã

Terra, olha essa terra
Raça valente, gente sofrida
Chama, tem que ter feira
Tem que ter festa, vamos pra vida

Te quero terra pra plantar, ah
Te quero verde
Te quero casa pra morar, ah
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã

Chega de mágoa
Chega de tanto penar

Canto e o nosso canto
Joga no tempo uma semente
Gente, olha essa gente
Olha essa gente, olha essa gente

Te quero água de beber
Um copo d'água
Marola mansa da maré
Mulher amada

Te quero terra pra plantar
Te quero verde, hum
Te quero casa pra morar
Te quero rede

Depois da chuva o Sol da manhã
Canto (eu canto) e o nosso canto
Joga no tempo (joga no tempo) uma semente
Gente (quero te ver crescer bonita)
Olha essa gente (quero te ver crescer feliz)
Olha essa gente (olha essa terra, olha essa gente)
Olha essa gente (Gente pra ser feliz, feliz)
Te quero água de beber (me dê um copo)
Um copo d'água
Marola mansa da maré
Mulher amada (mulher amada)
Te quero terra pra plantar (plantar)
Te quero verde (te quer verde)
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Ah!

1 de nov. de 2008

Caçada

Não conheço seu nome ou paradeiro
Adivinho seu rastro e cheiro
Vou armado de dentes e coragem
Vou morder sua carne selvagem

Varo a noite sem cochilar, aflito
Amanheço imitando o seu grito
Me aproximo rondando a sua toca
E ao me ver você me provoca

Você canta a sua agonia louca
Água me borbulha na boca
Minha presa rugindo sua raça
Pernas se debatendo e o seu fervor

Hoje é o dia da graça,
hoje é o dia da caça e do caçador

Eu me espicho no espaço feito um gato
Pra pegar você, bicho do mato
Saciar a sua avidez mestiça
Que ao me ver se encolhe e me atiça

E num mesmo impulso me expulsa e abraça
Nossas peles grudando de suor

Hoje é o dia da graça,
hoje é o dia da caça e do caçador

De tocaia fico a espreitar a fera
Logo dou-lhe o bote certeiro
Já conheço seu dorso de gazela
Cavalo brabo montado em pelo

Dominante, não se desembaraça
Ofegante, é dona do seu senhor

Hoje é o dia da graça,
hoje é o dia da caça e do caçador

(Chico Buarque)

Hagar, o horrível!

PANORAMA ALÉM

”Não sei que tempo faz, nem se é noite ou se é dia.
Não sinto onde é que estou, nem se estou. Não sei de nada.
Nem de ódio, nem amor. Tédio? Melancolia.
-Existência parada. Existência acabada.

Nem se pode saber do que outrora existia.
A cegueira no olhar. Toda a noite calada
no ouvido. Presa a voz. Gesto vão. Boca fria.
A alma, um deserto branco: -o luar triste na geada...

Silêncio. Eternidade. Infinito. Segredo.
Onde, as almas irmãs? Onde, Deus? Que degredo!
Ninguém.... O ermo atrás do ermo: - é a paisagem daqui.

Tudo opaco... E sem luz... E sem treva... O ar absorto...
Tudo em paz... Tudo só... Tudo irreal... Tudo morto...
Por que foi que eu morri? Quando foi que eu morri?”

(Cecília Meireles)

30 de out. de 2008

Serra do Sincorá!


...janela natural...

22 de out. de 2008

Olhe para o ponto e vá para frente e para trás lentamente... hehehe

Jung

"Erros são, no final das contas, fundamentos da verdade. Se um homem não sabe o que uma coisa é, já é um avanço do conhecimento saber o que ela não é."

21 de out. de 2008

Panoramix

Pinkola

"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."

20 de out. de 2008

Como Dois Animais

Uma moça bonita
De olhar agateado
Deixou em pedaços
Meu coração
Uma onça pintada
E seu tiro certeiro
Deixou os meus nervos
De aço no chão...

Foi mistério e segredo
E muito mais
Foi divino brinquedo
E muito mais
Se amar como
Dois animais...

Meu olhar vagabundo
De cachorro vadio
Olhava a pintada
E ela estava no cio
E era um cão vagabundo
E uma onça pintada
Se amando na praça
Como os animais...

19 de out. de 2008

TERRA... TERRA...

Carl Sagan - Pálido Ponto Azul

"(...) Nós podemos explicar o azul-pálido desse pequeno mundo que conhecemos muito bem. Se um cientista alienígena, recém-chegado às imediações de nosso Sistema Solar, poderia fidedignamente inferir oceanos, nuvens e uma atmosfera espessa, já não é tão certo. Netuno, por exemplo, é azul, mas por razões inteiramente diferentes. Desse ponto distante de observação, a Terra talvez não apresentasse nenhum interesse especial. Para nós, no entanto, ela é diferente. Olhem de novo para o ponto. É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, que conhecemos, de quem já ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas. Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, "superastros", "líderes supremos", todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali - num grão de poeira suspenso num raio de sol. A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração desse ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes de um canto desse pixel contra os habitantes mal distinguíveis de algum outro canto, em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes. Nossas atitudes, nossa pretensa importância de que temos uma posição privilegiada no Universo, tudo isso é posto em dúvida por esse ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos. (...)"

17 de out. de 2008

Clarissa Pinkola

"Esse corpo criado pelo canto é prático sob todos os aspectos. Não se trata dos pedaços e partes de carne feminina idolatrados por alguns em algumas culturas; mas, sim, um corpo inteiro de mulher, que pode amamentar, fazer amor, dançar e cantar, dar à luz e sangrar sem morrer."

13 de out. de 2008

Rango!

Apesar De Você

Amanhã vai ser outro día

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.

Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.

Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria.

Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença.

E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa.
Apesar de você

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.

Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você

(Chico Buarque)

1 de out. de 2008

Jura Secreta

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que eu não causei

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
Do que por não saber ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofrí

(Fagner)

25 de set. de 2008

Pessoa

Árvore verde

Árvore verde,
Meu pensamento
Em ti se perde.
Ver é dormir
Neste momento.
Que bom não ser
'Stando acordado !
Também em mim enverdecer
Em folhas dado !

Tremulamente
Sentir no corpo
Brisa na alma !
Não ser quem sente,
Mas tem a calma.

Eu tinha um sonho
Que me encantava.
Se a manhã vinha,
Como eu a odiava !

Volvia a noite,
E o sonho a mim.
Era o meu lar,
Minha alma afim.

Depois perdi-o.
Lembro ? Quem dera !
Se eu nunca soube
O que ele era.

24 de set. de 2008

Amar é; quem lembra??! hehehe...

Lispector já!!

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

23 de set. de 2008

Aquarius

When the moon is in the seventh house
And Jupiter aligns with Mars
Then peace will guide the planets
And love will steer the stars.
This is the dawning of the age of Aquarius,
The age of Aquarius
Aquarius
Aquarius

Harmony and understanding,
Sympathy and trust abounding,
No more falsehoods or derisions,
Golden living dreams of visions,
Mystic crystal reve-lation,
And the mind´s true liberation.
Aquarius
Aquarius

When the moon is in the seventh house
And Jupiter aligns with Mars
Then peace will guide the planets
And love will steer the stars.
This is the dawning of the age of Aquarius,
The age of Aquarius
Aquarius
Aquarius
Aquarius
Aquarius

22 de set. de 2008

Primavera

Lluvia de sol
Como Una Bendicion
La vida renace con su luz
La primavera ya llego

Todo es asi
Regreso a la raiz
Tiempo de inquieta juventud
En primavera ya

La tierra negra se vuelve verde
Y las montanas y el desierto
Un bello jardin

Como la semilla
Lleva nueva vida
Hay en esta primavera una nueva era

En el aire de este nuevo universo
Hoy se respira libertad
En primavera ya

La tierra negra se vuelve verde
Y las montanas y el desierto
Un bello jardin

Como la semilla
Leeva nueva vida
Hay en esta primavera una nueva era

Helena Parente

O Barraco

A casa erguida na encosta, os flancos nus,
barraco à beira do barranco.
O tempo era um pedaço de chuva.
Depois, foram os bocados de água, até fazer uma chuva inteira.
O barraco era a casa.
E a mulher nele/nela estava...

18 de set. de 2008

15 de set. de 2008

Românticos

Românticos são poucos
Românticos são loucos desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro é o paraíso
Românticos são lindos
Românticos são limpos e pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha e sem juízo
São tipos populares que vivem pelos bares
E mesmo certo vão pedir perdão
E passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão
Romântico é uma espécie em extinção

(Vander Lee)

14 de set. de 2008

Ele! Quintana!

O AUTO RETRATO


No auto retrato que me faço
- traço a traço -
As vezes me pinto nuvem,
As vezes me pinto árvore...

As vezes me pinto coisas
De quem nem há mais lembrança...
Ou coisas que näo existem
Mas que um dia existiräo...

E desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
Minha eterna semelhança,

No final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!

13 de set. de 2008

...é pessoas.... sei que neste meu blog, só chegam os mais “chegados”, e vocês (os seletos), sabem mais de minha vida do que eu. Mas não custa deixar aqui registrado para quando vierem ao Brasil, Bahia, ou quem é daqui mesmo, que existe uma esperança na noite... hehehe...

Ontem fui a um bar destes, no Rio Vermelho (sim! ...voltei a sair, contudo, moderadamente... nada parecido com meu passado negro...) e...

TCHAM, TCHAM, TCHAM, TCHAM!

Dancei até fazer calos nos pés!

É uma banda que existe a uns 9 ou 10 anos, (nem sei direito, tenho que me informar), chamada “Os Mizeravão” (é essa galera do cartaz). Eles agitam muito. Conheci os integrantes através da family. Parecem ser boa gente.

O tipo de música?! AHA! Aqui é o ponto. Essencialmente rock! E, um pouco de tudo também. Aquelas resgatadas do fundo do baú... Tipo? Roberto e Erasmo, Ultraje a Rigor, Balão Mágico (acreditem!!! – imaginem só o que dancei!), Cazuza, Kiss, Sidney Magal (pode crer nisso??!), Village People (sem comentários!), uffa!, e MUITO mais!

Pois é, já sabem onde vão me encontrar na noite, né?!

Vale a pena conferir!!

“ATÉ A PRÓXIMA, PESSOAL!”

12 de set. de 2008

Cora Maria

Eu so queria...

Eu só queria um ombro para encostar e dizer a falta que o Ser Humano me faz...
Eu só queria me acomodar em um colo, e sentir o calor do amor,
assim como o corpo é aquecido quando exposto ao raio do sol

Eu só queria não ser tão ausente no coração de tanta gente...

Eu queria quase nada...
Tão pouco o que eu queria...

Queria compreensão, ternura e um pouco de razão,
Queria um sorriso gostoso despretensioso,
Um abraço doado ,apertado, sensibilizado.

Um Te amo de coração...

Queria ganhar um pouquinho de algum chão, sem poeiras da imaginação.
Queria continuar a acreditar que pessoas ainda são capazes de se doar,

Eu só queria dentro do mundo com tanta gente ,
Ter o imenso prazer, de pelo menos à alguém dizer:
Por ti vale todo meu viver!
Eu, Simplesmente queria...

Eu só queria...

10 de set. de 2008

Artur da Távola

DIFERENTES SERES

Diferente não é quem o pretenda ser. Este é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.

Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados. Para os outros.
Que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não agüentarem, caso um dia venham a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.

O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido com ele por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um•diferente talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas. Um diferente medroso, este sim acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.

Os diferentes muito inteligentes entendem por que os outros não osentendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porque de quem o agride.

O diferente começa a sofrer cedo, desde o curso primário, onde os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns professores por omissão (principalmente os mais grossos), se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial, em aleijão e caricatura.

O diferente carrega desde cedo apelidos e carimbos nos quais acaba se transformando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.

Os diferentes aí estão: enfermos; paralíticos; machucados; gordos; magros demais; bonitos; inteligentes em excesso; bons demais para aquele cargo; excepcionais; narigudos; barrigudos; joelhudos; pé grande; feios; de roupas erradas; cheios de espinhas; de mumunha; malícia ou baba; os diferentes aí estão, doendo e doando, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.

A alma dos diferentes é feita de uma luz além. A estrela dos diferentes tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes.

Jamais mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.

8 de set. de 2008

7 de set. de 2008

Mario Prata

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue. Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo. Angústia é um nó apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento. Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que devia querer outra coisa. Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que não exista. Vergonha é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora. Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja. Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento. Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar um recado. Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma. Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta aos outros. Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas geralmente não podia. Lucidez é um acesso de loucura ao contrário. Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando, apesar da palavra "perigo", o desejo chega e entra. Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não... Amor é um exagero... também não. Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação. Esse negócio de amor, não sei explicar...

5 de set. de 2008

4 de set. de 2008

Paulo Angelim

"Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida e isso é um erro.”

Existem outros tipos de morte e nós precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio!

A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro.

Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.

Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas.

Quer ter um bom relacionamento então mate dentro de você o jovem inseguro ou ciumento ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinhos, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.

Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior. E, qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso.

Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos inacabados, híbridos, adultos "infantilizados".

Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não matemos virtudes de criança que também são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar pensamentos infantis, para passarmos a pensar como adultos.
Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e mais evoluído? Então, o que você precisa matar em si ainda hoje para que nasça o ser que você tanto deseja ser? Pense nisso e morra! Mas, não esqueça de nascer melhor ainda!"

3 de set. de 2008

2 de set. de 2008

Quintana... sempre...

E todos esses que ai estao
Atravancando meu caminho
Eles passaräo...
Eu, passarinho!

1 de set. de 2008

Hagar, o horrível!

Nietzsche

"Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno."

31 de ago. de 2008

30 de ago. de 2008

Mário Quintana

CANÇAO DO AMOR IMPREVISTO

Eu sou um homem fechado,
O mundo me tornou egoista e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com tua boca fresca de madrugada,
Com teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada,
numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil. Aonde viessem pousar os passarinhos!

29 de ago. de 2008

C.

Sinto saudade de quem poderia ser.
Saudade dos amores que não tive, dos lugares que não morei, dos amigos que não cultivei.
Vivo com uma saudade de tudo o que não fiz.
Não sinto falta de nada que vivi. O que vivi foi intenso, e de certa forma está em mim.
Sinto falta de ler o que não escrevi, de repensar o que não pensei.
Meu passado é um como um sonho de outra pessoa.
Meu presente é só esse instante, e que já se passou.
Meu futuro será magnânimo, mas repleto de saudades do que o Tempo não me permite ser.

28 de ago. de 2008

Saudação a Oxossi

Eu vi chover, eu vi relampear
Mas mesmo assim o céu estava azul
Tambor e pemba, folhas de jurema
Oxossi reina de norte a su

27 de ago. de 2008